Tudo começou com um trabalho acadêmico.
Em 2013, em uma das disciplinas da faculdade de arquitetura, realizamos um safári fotográfico. A tarefa era trazer uma série de cinco fotografias amarradas por um tema central. Enquanto a maioria dos colegas focou em temas arquitetônicos esteticamente apelativos, minha proposta foi mais singela: encontrar cinco recortes fotográficos presentes nos caminhos que percorria todos os dias. Não foram fotos exuberantes, mas acredito que ali estava um embrião da minha identidade fotográfica.
No ano seguinte, em 2014, conquistei uma bolsa para cursar parte da minha graduação na Universidade de Melbourne na Austrália. Uma oportunidade única na vida daquele jovem que nunca havia saído do Brasil. Decidi então, assumir o compromisso de fazer um registro por dia durante todo o intercâmbio, em uma tentativa de evitar que aquela oportunidade tão especial fosse engolida pela rotina inevitável. É claro que as obrigações acadêmicas não me permitiram fotografar todos os dias, mas foram mais de 300 fotografias publicadas ao longo do meu ano por lá.
Desde então, nunca mais parei de fotografar.
Gosto de acreditar que a minha fotografia não seja sobre uma beleza intocável, mas sobre uma beleza singela, daquelas que você se surpreende com uma certa familiaridade. Uma beleza que convida o seu olhar para um passeio, um descanso, ou mesmo para a apreciação de detalhes.
Na minha visão e na minha fotografia, essa é a beleza da vida.
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